Sangue na Neve

E encerrei o Desafio de Leitura deste ano com o item 12. Um livro originalmente escrito em outra língua (exceto inglês). Para este item escolhi – após sugestão da Natasha – o livro Sangue na Neve do Jo Nesbø. Jo Nesbø é um norueguês, e o livro é escrito em norueguês originalmente.

12. Sangue na Neve.jpg

Sinopse: Olav tem apenas um talento: matar a sangue frio. Não há nada que preze mais que ter o poder sobre a vida e a morte. Porém, sua natureza sensível é proporcional à sua habilidade como assassino de aluguel. Ele já tentou roubar bancos, mas não teve muito sucesso – Olav se sentiu tão culpado que foi visitar uma das vítimas do assalto no hospital. Agenciar mulheres para prostituição, idem –  ele não suportava vê-las apanhando de seus cafetões. O assassinato foi tudo que lhe restou.
Ele levava uma vida solitária em um pequeno apartamento em Oslo até receber uma ligação de Daniel Hoffman, o perigoso chefe do tráfico de drogas na cidade. O novo trabalho não é nada usual: em vez de pedir que elimine um dos homens do Pescador, seu rival em Oslo, ele admite que desconfia de que sua esposa, Corina, o esteja traindo. Olav então é contratado para matá-la por um valor cinco vezes maior que o de um serviço comum.
Mas ele não esperava que, ao aceitar a nova incumbência, fosse conhecer a mulher da sua vida. Corina aparentemente é violentada por seu amante; vítima de um homem que a agride todos os dias no mesmo horário, em sua própria casa. Sua beleza e fragilidade logo encantam Olav, que resolve pegar um atalho e solucionar o problema de seu cliente de outra forma. Mas ele não contava que este seria seu maior erro, e agora precisa se unir a velhos inimigos para salvar a própria pele.

Sempre acho interessante livros que não possuem uma narrativa linear comum. Claro que este tipo de narrativa me deixa um tanto quanto confusa, mas me diverte mesmo assim. E, o que eu acho mais importante ultimamente, me surpreende.

Olav não é o típico assassino de aluguel que encontramos por aí. Ele é mais profundo que apenas sua profissão. E passamos a conhecê-lo lentamente. Cada nova informação é dada de forma aparentemente aleatória, como se o personagem, o narrador, só então percebesse que seria interessante ou – talvez – pertinente nos passar a informação.

O livro em si é mais um diálogo do que uma narrativa fixa em que o narrador personagem não percebe que é um livro. Mas não no sentido de quebrar a quarta barreira, e sim como um diálogo, como se Olav contasse sua história para nós, leitores, como se fôssemos amigos.

Adorei conhecer o background do Olav. Como foi sua infância, suas dificuldades, suas características mais primordiais. Ver o que ele acha interessante, seus gostos, anseios, vontades, e, claro, todos os problemas que se mete por conta de suas escolhas.

A história do livro me surpreendeu do início ao fim. Pela sinopse parece algo simples, linear, clichê. Nesbø, entretanto, cria seus personagens, sua narrativa de tal forma que foge do local comum. Não sei se todos os livros dele são assim, mas já fui conquistada através deste.

Adorei o trabalho realizado pela Record com a capa deste livro. A mistura de tons, o alto relevo, a forma como a disposição da imagem ficou ao final… Simplesmente adorei.

All in all, 5/5 estrelas.

E que venha o próximo desafio. ❤

O Retrato de Dorian Gray

E o vigésimo nono aimeudeustáacabando livro do desafio de leitura, contemplando o item 02. Um clássico com mais de 100 anos, foi O Retrato de Dorian Gray, do senhor Oscar Wilde.

02. O Retrato de Dorian Gray.jpg

Sinopse: Neste livro, o belo jovem Dorian Gray, o protagonista, torna-se modelo para uma pintura do artista Basil Hallward. O pintor apresenta Dorian ao Lorde Henry Wotton, que o faz tomar consciência de sua beleza e do valor de sua juventude e o inicia num mundo de vícios e desregramento. Apaixonado pela própria imagem e influenciado pelas palavras de Lorde Henry, Dorian deseja permanecer eternamente belo como no retrato. Misteriosamente, seu desejo é atendido.

Sem or, como foi difícil achar uma sinopse sem spoilers…

 Mas seria spoiler se o livro é de 1800 e guaraná com rolha? Hmmm…

Acompanhamos a história de Dorian Gray, um belo rapaz que não tem noção da própria beleza, até que o Sir Henry o convence de que a juventude – e com ela a beleza – é a única coisa que realmente importa na vida de uma pessoa, e com a finalização do retrato pintado por Basil. Assim, logo no primeiro capítulo, somos apresentados à todas as ideias extravagantes do Sir Henry, seguimos de perto a paixão e amizade de Basil e, em última instância, a degradação de Dorian.

A história em si é muito interessante, bem conhecida. O Retrato começa a mudar enquanto o retratado permanece inalterado pelo tempo, pelas suas escolhas e ações. É uma carta de alforria para sua consciência, por assim dizer.

O que achei de mais interessante em relação a esta edição – muito bem feita pela Biblioteca Azul – é que ela conta o que houve com Oscar Wilde na época em que o conto (e posterior livro) foi publicado. Talvez eu não tenha notado a temática homoerótica e homoafetiva da história caso não tivesse lido todas as notas explicativas, mas é interessante perceber que foi um dos primeiros livros publicados com tal temática. Que o choque da sociedade inglesa da época frente a história foi pleno.

E que foi graças a ela que a vida de Wilde mudou por completo, sendo até mesmo preso e condenado a trabalhos forçados. Foi o auge e o pior ponto da carreira de Wilde, com certeza.

As notas históricas que permeiam o livro são muito interessantes, ajudando a nos enquadrar e entender o que se passava na época em que o livro foi inicialmente publicado. São, entretanto, repetitivas quando o assunto era o julgamento e condenação de Wilde.

Um livro que não me cansei de ler. Com certeza merecedor das suas 4/5 estrelas.

A Escolha dos Três

Escolhi o segundo livro da coleção A Torre Negra para o item 05. Um livro com número no títuloA Escolha dos Três de Stephen King.

05. A Escolha dos Três

Sinopse: Com incansável imaginação, Stephen King dá continuidade à magistral saga épica A Torre Negra, iniciada com O Pistoleiro. A Escolha dos Três, segundo volume da série, lança o Roland de Gilead em pleno século XX, à medida que ele se aproxima cada vez mais de sua preciosa Torre Negra, sede de todo o tempo e de todo o espaço.
Um derradeiro confronto com o homem de preto revela a Roland, nas cartas de um baralho de tarô, aqueles que deverão ajudá-lo em sua busca pela Torre Negra: o Prisioneiro, a Dama das Sombras e a Morte. Para encontrá-los, o último pistoleiro precisará atravessar três intrigantes portas que se erguem na deserta e interminável praia do mar Ocidental.
São portas que o levam a um mundo diferente do seu, em outro tempo, de onde ele deverá trazer seus escolhidos: Eddie Dean, um viciado em heroína da Nova York dos anos 1980; Odetta Holmes, uma ativista pelos direitos dos negros da década de 1960; e o terceiro escolhido, a Morte, que vai embaralhar mais uma vez o destino de todos.
Inspirada no universo imaginário de J.R.R. Tolkien, no poema épico do século XIX “Childe Roland à Torre Negra Chegou”, e repleta de referências à cultura pop, às lendas arturianas e ao faroeste. A Torre Negra mistura ficção científica, fantasia e terror numa narrativa que forma um verdadeiro mosaico da cultura popular contemporânea.

Comecei o livro bem lentamente. Para falar bem a verdade essa foi a segunda tentativa muito mais bem sucedida que a primeira, convenhamos de ler o livro. Não porque ele é ruim ou estranho ou qualquer coisa nesse sentido. Simplesmente porque eu tentei ler pela primeira vez no meu celular e, honestamente, não rolou muita química.

Em vista que demorei um mês pra terminar de ler empolgação com o desafio diminuiu, enquanto que com Diablo 3 aumentou, fora que a faculdade apertou e muito, pode-se dizer que talvez nem tenha rolado tanta química assim com o livro. -q

Acontece que o primeiro personagem a que somos apresentados dos 3 que seguirão com Roland em direção à Torre Negra não me convenceu. Muito menos as lagostrosidades. Então… acabei diminuindo o ritmo frenético que estava mantendo no início do desafio.

De qualquer forma, adorei ver que Roland, mesmo sendo o último pistoleiro do mundo, não é aquele personagem overpower que sempre consegue resolver qualquer problema jogado em sua face. Mesmo que isso não o torne assim um personagem tão humano.

E, por mais que inicialmente eu e Eddie não tenhamos nos visto eye to eye, Eddie é um personagem fundamental para Roland, inclusive para sua sobrevivência. E, ao final do livro, já tenho um sentimento fraterno em relação a ele.

Odetta, por sua vez, já me conquistou logo de cara. Não sei dizer exatamente o porquê, mas gostei dela. E ela se mostra uma personagem ao mesmo tempo indispensável e pelo-amor-de-deus-morra. Duas faces de uma mesma moeda, por assim dizer. Entendedores entenderão.

Já a Morte. Bem, posso dizer com toda a certeza que fui surpreendida – e muito – por ela. Não foi nem um pouco o que eu esperava e, com certeza, foi muito melhor do que o esperado.

All in all foi um livro muito fantástico. Gostei muito de lê-lo, mesmo que no começo tenha demorado para deslanchar. E já estou disposta a ler o próximo! Pena que ainda tem 2 livros na lista antes de poder começar a ler outras coisas… -q

4/5 estrelas.

Terra em Chamas

Para o item 23. Um livro baseado em fatos reais ou uma biografia escolhi o quinto livro d’As Crônicas SaxônicasTerra em Chamas do tio Bernard Cornwell.

23. Terra em Chamas

Sinopse: O rei Alfredo está com a saúde debilitada. Seu herdeiro ainda é muito jovem. Seus inimigos, os dinamarqueses, fracassaram em tomar Wessex, mas agora a vitória parece iminente. Lideradas pelo brutal Harald Cabelo de Sangue, as hordas vikings atacam. Mas o rei tem Uhtred, que inflige aos vikings uma de suas maiores derrotas.
No entanto, o gosto da vitória inglesa é ofuscado por uma tragédia que leva Uhtred a jurar jamais servir o reino saxão novamente. Agora o sonho de retomar as terras que lhe são de direito na Nortúmbria parece mais próximo. E para alcançar seu objetivo, o guerreiro se une ao amigo Ragnar e ao antigo inimigo Haesten para tomar Wessex.
Mas o destino tem outros planos. Os dinamarqueses de Ânglia Oriental e os vikings da Nortúmbria pretendem conquistar toda a Inglaterra. A filha de Alfredo então implora pela ajuda de Uhtred e o guerreiro, incapaz de dizer não, toma a frente do exército derrotado da Mércia, rumo a uma batalha inesquecível num campo encharcado de sangue junto ao Tâmisa.
Na série Crônicas Saxônicas, Cornwell narra a história de Alfredo, o Grande, e de seus descendentes, e, nesse quinto volume, apresenta a criação da Inglaterra que conhecemos hoje. Nos Estados Unidos, o livro alcançou o quarto lugar na lista dos mais vendidos do jornal The New York Times.

Acho interessante a forma como o tio Cornwell mescla realidade com fantasia de uma forma tão fantástica quanto n’As Crônicas Saxônicas. Sou apaixonada pelo Uhtred que por muitas vezes confundo com o Ragnar de Vikings desde a primeira vez que li o primeiro livro da saga, O Último Reino. No decorrer da série vemos o crescimento de Uhtred de Bebbanburg até seus trinta e tantos anos, de como tornou-se um verdadeiro guerreiro, de como seu nome é respeitado e de como ele foi imprescindível para a manutenção de Alfredo em seu trono.

Neste livro vemos coisas muito tensas acontecendo. Uhtred torna-se um pária, planeja invasões à Wessex e acaba lutando no lugar do seu primo pela Mércia. Chorei, torci e amei Uhtred, Ragnar e os outros. E é muito provável que este amor permaneça por mais tempo. Ainda há mais 4 livros no mínimo.

A Editora Record fez um bom trabalho com a tradução deste livro não que eu tenha tido acesso aos livros em inglês, mesmo que tenha alguns pontos de falha de impressão, algo que estou acreditando ser comum entre as editoras.

Mais um livro que ganha 4/5 estrelas. E aguardo ansiosamente pelo próximo!

Cântico de Sangue

E a cada dia que passa estou mais próxima de encerrar o desafio! Yay!

Para o item 16. Um livro que você tem, mas nunca leu escolhi Cântico de Sangue da Anne Rice.

16. Cântico de Sangue

Sim, eu acho que o meu desafio deveria se chamar Desafio da Anne Rice, vai ler tanto livro de um mesmo autor assim lá longe!

Sinopse: O vampiro Lestat não pode mais esconder seu amor pela bruxa Rowan Mayfair. Entrelaçando os principais personagens de suas mais importantes sagas, As Crônicas Vampirescas e Os Bruxos Mayfair, Anne Rice cria uma obra de impressionante suspense e erotismo, onde o menor dos impactos é descobrir em Lestat a sede da redenção.

Certo… Estou começando a perceber que essas sinopses da Rocco estão cheias de typos. Todos sabemos que os livros A Hora das Bruxas conta a história dAs BruxAs da família Mayfair. Não há, nos registros dO Talamasca, informações sobre bruxOs na família, além, é claro, de Monsieur Julien, o último integrante da família que realmente tinha conhecimento de suas raízes.

Anywho, typos à parte, vemos que aqui Anne Rice junta suas histórias de uma forma cativante e surpreendente. Lestat, o principal vampiro cronista, se apaixona por Rowan.

E, sem or, como eu estava com saudades do Lestat! ❤

Entendam, minha relação com os livros e os personagens da Anne Rice é antiga. Iniciei meu amor pelos cronistas com o belíssimo filme Entrevista com o Vampiro, que reuniu em um único filme todos os meus crushes da minha infância/adolescência. A partir daí foi só “ladeira abaixo” em relação ao meu amor pelos cronistas e pelos maravilhosos livros da tia Rice. Alguém já percebeu que quando gosto do autor chamo ele de tio?

Acontece que o vampiro cronista com mais afinco é o nosso querido príncipe das sombras, Lestat de Lioncourt. É dele a verdadeira história d’As Crônicas Vampirescas. É nele que todas as histórias se concentram. É com ele – ou por ele – que conhecemos todos os outros personagens. Com exceção, é claro, d’As Bruxas Mayfair.

E fazia tanto tempo que eu não lia nada sobre Lestat… O último livro que li foi Pandora, e honestamente não me lembro muito da história… (oops) Mas estou me enrolando. Voltemos à história.

Claro que eu precisava ler esses livros fora da ordem, não é mesmo? Deveria ter terminado A Hora das Bruxas II antes de começar a ler Cântico de Sangue, mas quem disse que eu resisti a deliciosa narrativa de Lestat? Se eu tomei muitos spoilers? Não posso nem começar a descrever quantos.

A parte importante? Rowan e Michael se casaram! ❤ Super shippo os dois! Fiquei feliz, mesmo triste com os spoilers.

E, carácoles, VAMOS VOLTAR A HISTÓRIA, Alessandra! *se sacode*

Enfim. Acompanhamos Lestat, Quinn e Mona enquanto eles vão em busca da filha de Mona. Somos apresentados à uma nova espécie, os Taltos, uma espécie mais alta, forte, e parasita que os humanos. Parasita no sentido de que para nascerem quase matam suas mães. Quase como os humanos. Sou super a favor dos partos. -sqn

Quinn é um jovem vampiro, inteligente, que se mantém sempre cavalheiro, sempre tentando “reprimir” os arroubos de emoção dos outros dois. Mona é uma Mayfair, daí a junção dos dois universos, wink wink mas ela é bem insuportável na minha opinião, mesmo sendo uma vampira recém feita. E Lestat é, bem, Lestat.

As digressões do Lestat me deixam super feliz. Adoro a forma como ele, do nada, começa a descrever todas as escrivaninhas que tem em casa em um capítulo e no outro já se xingar, falando que não pode simplesmente ficar falando dos móveis – E AINDA SE PARABENIZA QUANDO NÃO MENCIONA NENHUM! Ele me diverte, juro. O estilo de narrativa em que ele conversa conosco como se fôssemos seus fãs, do seu universo de Nova Orleans o que não deixa de ser verdade me deixa extasiada.

De qualquer forma, não gostei muito de como Rowan é descrita e como age (talvez eu entenda melhor essa mudança quando eu terminar A Hora das Bruxas II), não gostei dos companheiros de Lestat sim eu estou olhando pra você Mona e não fui convencida dessa nova espécie. No todo, adorei este reencontro com Lestat, mas não tanto em si da história.

3/5 estrelas forçando muito a amizade.

A Hora das Bruxas I

É claro que eu ia participar da zoação na escolha do livro pro item 22. Um livro que descreve sua vida. E assim escolhi A Hora das Bruxas I de Anne Rice.

22. A Hora das Bruxas I

Só espero que isso não signifique que minha vida terá uma parte 2 pra acabar comigo. Esse ano já está tenso o suficiente!!

Sinopse: A Talamasca, um grupo com poderes extrassensoriais voltados para o bem, durante séculos pesquisou a vida da família Mayfair, uma dinastia de bruxas que começou no século XVII na Escócia, transplantou-se para o Haiti e de lá para a fantasmagórica Nova Orleans. É através dos seus volumosos arquivos que vamos descobrir essa saga de seres decadentes e mórbidos, convivendo pacificamente com o incesto e as tempestades e um espírito, meio divindade celta, meio demônio, chamado Lasher.
Anne Rice mais uma vez prova por que é mestra do gótico contemporâneo, dominando, ao mesmo tempo, as rédeas do drama, da inspirada sexualidade e do fantástico.

Honestamente esse livro tem um estilo de narrativa que me deixou muito confusa pela maior parte dele. -q

Basicamente somos apresentados à Deirdre Mayfair, uma bela mulher de longos cabelos castanhos, que se encontra em estado catatônico depois de uma série de tratamentos com eletrochoque. Sendo o livro a história das Bruxas Mayfair, supus erroneamente que o livro tratava da história de Deirdre. E preciso dizer que realmente quero saber mais sobre a guria? Damn it.

Acontece que o livro é narrado por terceiros e não pelos Mayfair. É como se fosse, na verdade, um grande arquivo sobre os Mayfair. O que não achei de todo ruim. De certa forma todos os personagens que narram têm a ver com a história, então vamos acompanhando um bom pedaço da história de Deirdre e suas tias, da grande casa onde elas vivem e de um certo cavalheiro que aparece acompanhando Deirdre em muitos momentos.

Ao final do primeiro livro, finalmente, somos apresentados às raízes da bruxaria da família Mayfair, então podemos dizer que é um retrato histórico da família. E eu amo saber de onde as pessoas conseguem seus poderes, suas backstories. Então, sim, adorei entender o que é o Talamasca e o que eles fazem. Foi lindo!

Nova Orleans é uma cidade linda e foi muito bem descrita durante toda a narrativa da dona Anne Rice. O que achei mais interessante é que não achei a narrativa tão cansativa ou enfadonha em certos pontos. Não sei dizer se a repetição que notei nos seus outros livros têm a ver com os vampiros ou se seria outra coisa. De qualquer forma, adorei a narrativa como um todo. Ela realmente se aprofunda nos tipos de poderes que os personagens têm.

A Editora Rocco tem sempre um lugar especial no meu coração, então sou muito suspeita para fazer uma boa crítica a eles. -q Acontece que não sei se essa nova edição que comprei dos livros da Anne Rice são econômicas, mas os livros não têm aquelas “orelhas” na capa, não sou um monstro que marca a página com orelhas. e essa edição é um tanto quanto frágil, se comparada com minhas outras edições dos livros da Anne Rice que tenho. Tirando um ou outro erro de digitação, é uma edição muito boa e uma editora fantástica. Adoro a Rocco!

Um livro que mereceu suas 4 de 5 estrelas. Agora vamos para a segunda parte e terminar essa história!

Cress

Como mencionei anteriormente, escolhi o livro Cress de Marissa Meyer para o item 01. Um livro com mais de 500 páginas.

01. Cress

Sinopse: Neste terceiro livro da série Crônicas Lunares, Cinder e o capitão Thorne estão foragidos e agora levam Scarlet e Lobo a reboque. Juntos, eles planejam derrubar a rainha Levana e seu exército. Cress talvez possa ajudá-los. A garota vive aprisionada em um satélite desde a infância, com a companhia apenas de telas, o que fez dela uma excelente hacker. Coincidência ou não, infelizmente ela também acabou de receber ordens de Levana para rastrear Cinder e seu bonito cúmplice. Quando um ousado plano de resgatar Cress dá errado, o grupo se separa. Cress enfim conquista a liberdade, mas o preço a se pagar é alto. Enquanto isso, Levana não vai deixar que nada impeça seu casamento com o imperador Kai. Cress, Scarlet e Cinder talvez não tenham a intenção de salvar o mundo, mas muito possivelmente são a última esperança do planeta.

01. Cress - páginas

 Mais pessoas narrando nesse livro, o que realmente me alegra.

Entretanto, devo dizer que a Cress não me agrada. Ela é muito inocente, otimista e sonhadora, chega a irritar. O que muito provavelmente foi intensificado pelo fato de eu odiar Enrolados.

De qualquer forma, temos muitas reviravoltas nesse livro. Reviravoltas que me mantiveram bem acordada durante meu último plantão na GO tá que tinha uma mulher parindo, mas vocês entenderam.

Como a sinopse diz, tudo começa com o plano para resgatar Cress dando errado. Daí em diante o livro passa por uma sucessão de ladeiras, geralmente sempre indo abaixo. Não, é claro, no sentido de que o livro seja ruim, e sim no sentido de “olha como as coisas podem dar certo dessa vez..!” e acabando com Nope, not this time.

Tive pena deles por alguns instantes. Curtos, mas tive. A forma como os personagens se ferram é simplesmente épica! E engraçada. E não tão vergonha alheia como no primeiro livro.

AH!

E tem a princesa Winter! Enteada da louca rainha Levana e que é uma fofura! Já estou amando! Com sua aparição de meio capítulo.

Mais um livrinho pra coleção das 5 estrelas. Estou amando!

Aniquilação

08. Aniquilação

O livro Aniquilação de Jeff VanderMeer foi o escolhido para o item 08. Um livro que ganhou um prêmio.

08. Aniquilação - prêmios

Sinopse: A Área X está isolada do restante do mundo há décadas, e a natureza tomou para si os últimos vestígios da presença humana. Uma primeira expedição de reconhecimento voltou de lá relatando uma terra intocada, um paraíso edênico; a segunda terminou em suicídio em massa; a terceira, em um tiroteio dentro do próprio grupo. Até que os membros da décima primeira expedição retornaram como meras sombras do que eram antes e, após algumas semanas, morreram de câncer. Em Aniquilação, primeiro volume da trilogia ‘Comando Sul’, o leitor se junta à décima segunda expedição. O novo grupo é formado por quatro mulheres – uma antropóloga, uma topógrafa, uma psicóloga – líder da missão – e uma bióloga, a narradora do livro. Seus objetivos são mapear o terreno, identificar todas as mudanças ambientais, monitorar as relações entre elas próprias e, acima de tudo, não se contaminarem. As mulheres atravessam a fronteira esperando o inesperado, e é exatamente isso o que encontram. Mas o que de fato vai definir os rumos da expedição não é o que está lá, e sim o que elas trazem consigo desde o outro lado da fronteira e os segredos que guardam umas das outras.

Ontem eu terminei de ler o livro e ainda não tenho certeza do que posso falar sobre ele. -q

Para quem acompanha as minhas postagens, podem se lembrar que na minha resenha de Sense8 eu discorro sobre o fato de que coisas que eu não consigo compreender de imediato – ou até o fim do livro/seriado – não me agradam tanto assim. Sou dessas que têm que entender exatamente o que está acontecendo, ou fico louca. Sim, sou uma control freak.

O que significa, basicamente, que esse livro mexeu com um lado meu que eu não gosto que seja mexido. Enquanto a bióloga vai narrando suas desventuras na Área X ela vai percebendo que todo o treinamento que recebeu, todo o seu preparo e até mesmo os seus motivos para se voluntariar para a missão não foram tão verdadeiros assim.

Ela – e muito provavelmente todo o resto – não estava preparada para tudo o que ela viu na Área X. O medo de contágio, o medo do desconhecido. A narrativa é envolvente, com flashbacks que explicam um pouco mais sobre a bióloga, sobre sua vida antes de se tornar voluntária para explorar a Área X.

O livro em si é curto, 200 páginas e eu só percebi isso depois que terminei de ler… -q, dividido em 5 partes, 5 capítulos. O ritmo do livro é ótimo, entrelaçando passado e presente de uma forma magnífica e nem um pouco cansativa. Só que, adivinhem, no final parece que sabemos menos do que no começo. Foi uma coisa, ó, linda.

Se eu gostei? Sim, gostei. Se estou curiosa para ler os próximos 2 livros? Com certeza! Mal posso esperar para lê-los e descobrir, afinal, o que deabos está rolando na Área X.

3/5 estrelas.

República de Ladrões

Para o item 11. Um livro de uma trilogia ou série escolhi o livro Nobres Vigaristas – República de Ladrões.

11. República de Ladrões

Sinopse: Envenenado e à beira da morte, Locke Lamora segue para o norte com seu parceiro, Jean Tannen, em busca de um refúgio e de um alquimista para curá-lo. Porém a verdade é que ninguém pode salvá-lo. Com a sorte, o dinheiro e a esperança esgotados, os Nobre Vigaristas recebem uma oferta de seus arquirrivais, os Magos-Servidores.
As eleições do conselho dos magos se aproximam e as facções precisam de alguém para fazer o trabalho sujo, manipulando os votos. Se Locke aceitar, o veneno será purgado de seu corpo com o uso de magia – mas o processo será tão excruciante que ele vai desejar morrer.
Locke acaba cedendo ao saber que o partido da oposição contará com uma mulher do seu passado: Sabeta Belacross, a única pessoa capaz de se igualar a ele nas habilidades criminosas e mandar em seu coração. Novamente em uma disputa para ver quem é o mais inteligente, Locke precisa se decidir entre enfrentar Sabeta ou cortejá-la, e a vida dos dois pode depender dessa decisão.
República de Ladrões leva o leitor ao início da vida de Locke enquanto flerta com o seu fim, revelando todos os matizes de Sabeta e de seu relacionamento com o líder dos Nobres Vigaristas. Misturando momentos tensos e cômicos do passado e do presente, esta obra é, até agora, a melhor de Scott Lynch.

Muitas surpresas neste livro.

Adorei a linha de narrativa, indo e voltando na história do Locke. O pouco do espetáculo República de Ladrões me deixou muito curiosa para saber sobre ele por completo o que infelizmente não vai acontecer e adorei o fato de que é aqui, neste livro – que eu julguei erroneamente ser o último – que finalmente pude ver os Nobres Vigaristas como pessoas de verdade e não uma engrenagem perfeitamente ajustada para roubos.

Foi fantástico ver que SIM os gêmeos tiveram seu momento de ódio mútuo, que todos eles eram adolescentes normais com problemas muito normais hormônios e que o Correntes não era assim um “pai” perfeito. Simplesmente lindo.

Algumas coisas, entretanto, não foram tão perfeitas quanto eu havia imaginado.

Sabeta, por exemplo, não foi toda a coca-cola que eu imaginava que seria. O que, de certa forma, é ótimo. Só mostra que o tio Scott conseguiu criar uma mulher real, absolutamente irritante e poderosa, mas inconstante. Como mulheres costumam ser. Guiadas pela eterna batalha entre razão e emoção – e como foi perfeito perceber que na maior parte do tempo ela dá um chega pra lá na emoção e chuta a bunda do Locke e do Jean de formas geniais.

O final foi absolutamente não convencional e imprevisível e me deixou chocada. Ainda mais quando descobri que tem mais Locke Lamora e Jean Tannen vindo por aí! ❤

Um livro fantástico de um anti-herói muito carismático. Mais um amiguinho pro querido Artemis Fowl mas essa é outra história.

A Editora Arqueiro tem conseguido me dar ânimo a voltar a comprar livros traduzidos (tenho um relacionamento de amor e ódio com livros traduzidos, mas isso não vem ao caso) e, tirando um pequeno probleminha técnico com minha edição, o trabalho dela é impecável (valendo a pena dizer que o SAC foi muito solícito com meu questionamento). Faith in humanity!

4/5 estrelas.

Dália Negra

Dália Negra de James Ellroy foi o escolhido para o item 13. Um livro com uma cor no título.

13. Dália Negra

Sinopse: Em 15 de janeiro de 1947, o corpo torturado e estuprado de uma bela jovem é encontrado num terreno baldio de Los Angeles. A vítima aparece nas manchetes como a Dália Negra, e a busca por seu assassino transforma-se na maior caçada humana da história da Califórnia. Obcecado por este crime hediondo, James Ellroy durante anos dedicou-se a investigar por conta própria o assassinato. Partindo dessas informações, escreveu seu livro de estréia. Um romance noir maravilhoso, que o transformou imediatamente em um grande sucesso de crítica.

Em Dália Negra acompanhamos a história dos policiais Lee Blanchard, o Sr. Fogo, e Bucky Bleichert, o Sr. Gelo. O narrador, Bucky, nos conta sua história de delator a policial e de boxeador a detetive, de como conheceu Lee, das lutas de boxe clandestinas e da Grande Luta entre o Sr Gelo e o Sr Fogo.

E, claro, nos é apresentado o caso da Dália Negra.

Bucky não está satisfeito com o fato de ser retirado dos seus serviços padrões para auxiliar na caçada ao assassino de Dália, mas não há muito o que se fazer quando Lee se decide a fazer algo. Como poderia dizer não ao seu parceiro?

Além de toda a história que se desenrola sobre o assassinato, há muito por trás. A cada página virada desvendamos mais sobre o passado de Lee, Bucky e Kay. Temos problemas com antigos informantes, com presos e com figuras importantes da alta sociedade.

Em relação à história em si, tive uma grande dificuldade em me situar no período descrito (Los Angeles entre 1946 e 1949), além de não conseguir focar na quantidade absurda de personagens e intrigas e inceptions (histórias dentro das histórias). O final do livro… foi meio absurdo, assim como eu esperava de um romance policial sobre um dos casos mais famosos e que não foi realmente solucionado, entretanto, pareceu que faltou alguma coisa. Foi forçado demais.

E os backgrounds extremamente suspeitos de TODOS os personagens nos deixa sem saber em quem confiar. Nem mesmo o Bucky se salva. É difícil.

Ao mesmo tempo em que torna os personagens em algo mais humano.

Ganha 4/5 estrelas.