Sangue na Neve

E encerrei o Desafio de Leitura deste ano com o item 12. Um livro originalmente escrito em outra língua (exceto inglês). Para este item escolhi – após sugestão da Natasha – o livro Sangue na Neve do Jo Nesbø. Jo Nesbø é um norueguês, e o livro é escrito em norueguês originalmente.

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Sinopse: Olav tem apenas um talento: matar a sangue frio. Não há nada que preze mais que ter o poder sobre a vida e a morte. Porém, sua natureza sensível é proporcional à sua habilidade como assassino de aluguel. Ele já tentou roubar bancos, mas não teve muito sucesso – Olav se sentiu tão culpado que foi visitar uma das vítimas do assalto no hospital. Agenciar mulheres para prostituição, idem –  ele não suportava vê-las apanhando de seus cafetões. O assassinato foi tudo que lhe restou.
Ele levava uma vida solitária em um pequeno apartamento em Oslo até receber uma ligação de Daniel Hoffman, o perigoso chefe do tráfico de drogas na cidade. O novo trabalho não é nada usual: em vez de pedir que elimine um dos homens do Pescador, seu rival em Oslo, ele admite que desconfia de que sua esposa, Corina, o esteja traindo. Olav então é contratado para matá-la por um valor cinco vezes maior que o de um serviço comum.
Mas ele não esperava que, ao aceitar a nova incumbência, fosse conhecer a mulher da sua vida. Corina aparentemente é violentada por seu amante; vítima de um homem que a agride todos os dias no mesmo horário, em sua própria casa. Sua beleza e fragilidade logo encantam Olav, que resolve pegar um atalho e solucionar o problema de seu cliente de outra forma. Mas ele não contava que este seria seu maior erro, e agora precisa se unir a velhos inimigos para salvar a própria pele.

Sempre acho interessante livros que não possuem uma narrativa linear comum. Claro que este tipo de narrativa me deixa um tanto quanto confusa, mas me diverte mesmo assim. E, o que eu acho mais importante ultimamente, me surpreende.

Olav não é o típico assassino de aluguel que encontramos por aí. Ele é mais profundo que apenas sua profissão. E passamos a conhecê-lo lentamente. Cada nova informação é dada de forma aparentemente aleatória, como se o personagem, o narrador, só então percebesse que seria interessante ou – talvez – pertinente nos passar a informação.

O livro em si é mais um diálogo do que uma narrativa fixa em que o narrador personagem não percebe que é um livro. Mas não no sentido de quebrar a quarta barreira, e sim como um diálogo, como se Olav contasse sua história para nós, leitores, como se fôssemos amigos.

Adorei conhecer o background do Olav. Como foi sua infância, suas dificuldades, suas características mais primordiais. Ver o que ele acha interessante, seus gostos, anseios, vontades, e, claro, todos os problemas que se mete por conta de suas escolhas.

A história do livro me surpreendeu do início ao fim. Pela sinopse parece algo simples, linear, clichê. Nesbø, entretanto, cria seus personagens, sua narrativa de tal forma que foge do local comum. Não sei se todos os livros dele são assim, mas já fui conquistada através deste.

Adorei o trabalho realizado pela Record com a capa deste livro. A mistura de tons, o alto relevo, a forma como a disposição da imagem ficou ao final… Simplesmente adorei.

All in all, 5/5 estrelas.

E que venha o próximo desafio. ❤

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