Mentirosos

Sinopse: Na família Sinclair, ninguém é carente, criminoso, viciado ou fracassado. Mas talvez isso seja mentira.

Os Sinclair são uma família rica e renomada, que se recusa a admitir que está em decadência e se agarra a todo custo às tradições. Assim, todo ano o patriarca, suas três filhas e seus respectivos filhos passam as férias de verão em sua ilha particular. Cadence – neta primogênita e principal herdeira -, seus primos Johnny e Mirren e o amigo Gat são inseparáveis desde pequenos, e juntos formam um grupo chamado Mentirosos.

Durante o verão de seus quinze anos, as férias idílicas de Cadence são interrompidas quando a garota sofre um estranho acidente. Ela passa os próximos dois anos em um período conturbado, com amnésia, depressão, fortes dores de cabeça e muitos analgésicos. Toda a família a trata com extremo cuidado e se recusa a dar mais detalhes sobre o ocorrido… até que Cadence finalmente volta à ilha para juntar as lembranças do que realmente aconteceu.

Estava com muita vontade de ler esse livro, principalmente porque ele foi muito indicado por bookstagrammers e booktubers, tanto que eu nem vou dizer quem indicou, porque foram muitas indicações. Inclusive a E. Lockhart voltou à hype com a segunda publicação dela Fraude legítima.

Achei a leitura desse livro muito boa! Ela foi super rápida e muito envolvente, a Cadence é uma protagonista do jeitinho que eu curto: confusa, nem um pouco confiável e que não sabe direito o que está acontecendo ao seu redor.

Como ela sofreu um acidente nas férias dos quinze anos, ela sofre de amnésia da época do acidente e se tornou uma pessoa bem diferente depois do fato.

Existem muitos fatos que estão entrelaçados à falta de memória da Cadence. E como ela tem esse rombo no seu passado, ela tem problemas para enfrentar com a família e os problemas de saúde que vieram do acidente, nada faz muito sentido.

Não darei muitos detalhes sobre o livro em si, porque todos os plot twists são importantíssimos para tornar essa leitura uma experiência interessante.

5/5 estrelas.

Inferno no Colégio Interno

Sinopse: Nada de aventuras emocionantes com final feliz: Violet, Klaus e Sunny Baudelaire são legais e inteligentes, mas a vida deles está repleta de má sorte e infelicidade. Em Inferno no colégio interno, os três irmãos enfrentam caranguejos, provas hiper-rigorosas e os castigos de um internato.O colégio se transformou em mais um desastroso episódio de suas vidas horríveis. Desta vez, eles precisam escapar de fungos gotejantes e assistir a recitais de violinos, além de entender o complicado sistema métrico e suportar os exercícios de D.O.R.Violet, Klaus e Sunny têm o poder de atrair desgraças. Quem gosta de histórias alegres não deve nem abrir este livro, avisa o autor, pois as histórias dos Baudelaire são sempre uma desventura pior do que a outra.

Como disse no instagram, essa mudança pra outra cidade, outro estado, outro emprego está afetando o meu ritmo de leitura. Se tudo estivesse correndo como o esperado, hoje estaria terminando de ler A Guardiã de Vazios e não correndo para conseguir fazer esse post antes de meio-dia… E, mesmo assim, não poderia estar mais feliz do que com toda essa mudança, viu!

Voltando aos livros…

O quinto livro de Desventuras em Série nos traz os irmãos Baudelaire começando a estudar no Colégio Preparatório Prufrack, onde sofrerão as coisas mais absurdas – porque aparentemente ninguém nesse universo bate bem da cabeça – e seria apenas mais uma repetição dos outros livros.

Há, porém, um grande diferencial – que era tão óbvio que nem consigo chamar de plot twist – os Baudelaire conhecem outros órfãos que também sofreram perdas como eles, os Quagmire. E, assim como eles, uma fortuna também os aguarda assim que chegarem a maioridade.

E é graças a presença dos irmãos Quagmire que as coisas tomam um novo caminho. Finalmente há uma pesquisa sobre o Conde Olaf e quase, QUASE, ficamos sabendo o que eles descobriram, mas é claro que o Conde mais uma vez escapa no último instante.

No geral, o livro é bom, mas a repetição da mesma fórmula em todos os livros me deixa um tanto desestimulada a continuar lendo um livro atrás do outro. As gracinhas do autor me forçam a parar assim que termino o livro e ir atrás de outra coisa pra ler. Preciso sempre dar um tempo.

3/5 estrelas.

O Lago das Sanguessugas

Sinopse: O misterioso autor das Desventuras em Série não só alcançou a lista de best-sellers infanto-juvenis do New York Times, como conseguiu entrar em todas as outras principais referências de vendagem americanas. Com sua estranha franqueza, na contracapa deste livro ele manda um recado a seus possíveis leitores: Caro leitor, Se você ainda não leu nada sobre os órfãos Baudelaire, é preciso que antes mesmo de começar a primeira frase deste livro fique sabendo o seguinte: Violet, Klaus e Sunny são legais e superinteligentes, mas a vida deles, lamento dizer, está repleta de má sorte e infelicidade. Todas as histórias sobre essas três crianças são uma tristeza e uma verdadeira desgraça, e a que você tem nas mãos talvez seja a pior de todas. Se você não tem estômago para engolir uma história que inclui um furacão, uma invenção para sinalizar pedidos de socorro, sanguessugas famintas, caldo frio de pepinos, um horrendo vilão e uma boneca chamada Perfeita Fortuna, é provável que se desespere ao ler este livro. Continuarei a registrar essas histórias trágicas, pois é o que sei fazer. Cabe a você, no entanto, decidir se verdadeiramente será capaz de suportar esta história de horrores. Respeitosamente, Lemony Snicket

Quarta leitura para a Mega Maratona Literária e estou muito feliz com a quantidade de livros que li nesses 7 dias. Muito feliz mesmo.

Como já disse antes, estou lendo pela primeira vez Desventuras em Série e mesmo que eu esteja gostando, é muito nítido que é uma série para crianças. Creio que a correta classificação dessa série seria Middle-grade, os livros para o “ensino fundamental” gringo.

Isso significa que existem muitos elementos da narrativa que são extremamente repetitivos, por exemplo: todo livro o autor frisa que os Baudelaire são infelizes e desafortunados, sempre explicando palavras ou frases mais adultas, se repetindo nas descrições do que os irmãos sentem ao se deparar com o Conde Olaf…

Para livros middle-grade isso não é exatamente um ponto negativo, pelo contrário, se formos pensar que as crianças estão se envolvendo com a leitura neste momento, creio que é uma forma maravilhosa de narrativa.

Que, entretanto, tornou a leitura um pouco cansativa para mim.

Não que a história não seja obscura e cheia de detalhes um tanto pesados para crianças – e que são usados de tal forma que não chocam -, mas toda essa repetição me cansa. Mesmo lendo os livros muito rapidamente, não conseguiria engatar uma leitura na outra…

Espero, honestamente, que os próximos livros acompanhem o crescimento dos irmãos e se torne um pouco menos repetitivo.

3/5 estrelas.

E volto a frisar: se tivesse lido esses livros mais nova, com certeza seriam 5/5 e favoritos para a vida.

A Sala dos Répteis

Sinopse: Lemony Snicket é um autor que não pode ser acusado de falta de franqueza. Sabe que nem todo mundo suporta as tristezas que ele conta e por isso – para que depois ninguém reclame – faz questão de avisar: “Se você esperava encontrar uma história tranquila e alegre, lamento dizer que escolheu o livro errado. A história pode parecer animadora no início, quando os meninos Baudelaire passam o tempo em companhia de alguns répteis interessantes e de um tio alto-astral, mas não se deixem enganar…”.Os Baudelaire têm mesmo uma incrível má sorte, mas pode-se afirmar que a vida deles seria bem mais fácil se não tivessem de enfrentar o tempo todo as armadilhas de seu arquiinimigo: o conde Olaf, um homem revoltante, gosmento e pérfido. Em Mau começo ele deu uma pequena amostra do que é capaz de fazer para infernizar a vida de Violet, Klaus e Sunny Baudelaire – e aqui as coisas só pioram.

Precisava de uma pausa na Creepytober 2018 – e estava tentando ler este livro para o desafio de protagonistas crianças do Desafios dos Leitores, porém não consegui terminar a leitura à tempo…

Como segundo livro, achei que o desenvolvimento das personagens está se encaminhando de forma gradual – talvez mais lentamente do que o que eu esperava -, e realmente gostei da forma como o Tio Monty foi apresentado na narrativa.

É no mínimo cômico como o Conde Olaf consegue se disfarçar e tornar-se completamente irreconhecível para os adultos, mas as crianças conseguem vê-lo pelo que ele é.

E, posso dizer com total franqueza, ainda acho a história interessante, mas a narrativa ainda é difícil por estar tão voltada para um público mais jovem. Com certeza gostaria mais dos livros se os tivesse lido quando era mais nova…

De qualquer forma, espero que a saga apresente um crescimento juntamente com os três irmãos, mais ou menos como foi o crescimento de Harry Potter.

4/5 estrelas. E será que consigo ler os treze livros ainda em 2018?

Mau Começo

Sinopse: Mau começo é o primeiro volume de uma série em que Lemony Snicket conta as desventuras dos irmãos Baudelaire. Violet, Klaus e Sunny são encantadores e inteligentes, mas ocupam o primeiro lugar na classificação das pessoas mais infelizes do mundo. De fato, a infelicidade segue os seus passos desde a primeira página, quando eles estão na praia e recebem uma trágica notícia. Esses ímãs que atraem desgraças terão de enfrentar, por exemplo, roupas que pinicam o corpo, um gosmento vilão dominado pela cobiça, um incêndio calamitoso e mingau frio no café da manhã. É por isso que, logo na quarta capa, Snicket avisa ao leitor: “Não há nada que o impeça de fechar o livro imediatamente e sair para uma outra leitura sobre coisas felizes, se é isso que você prefere”.

Livro lido para o desafio da primeira quinzena de outubro da maratona Diários dos Leitores: Um livro com protagonista criança (<15 anos).

Comprei o box completo de Desventuras em Série na Bienal de São Paulo desse ano e resolvi que precisava começar a ler logo. Ainda bem que calhou de ter o desafio da maratona pra eu ter uma desculpa pra ler algo leve no meio da Creepytober

Devo dizer que, mesmo tendo gostado da leitura desse livro, eu fiquei levemente decepcionada com ele. Tenho certeza que esperava algo muito diferente do que o que estava lendo, principalmente porque todos os meus amigos que já leram sempre disseram que era muito bom e que eu ia gostar muito.

Bem, eu gostei, mas expectativa é uma merda, meus caros.

O fato de que eu estou “crescendo” também deve estar influenciando um pouco a minha impressão desse livro, porque estou mais exigente com as coisas que eu leio e a forma como o Lemony Snicket está narrando está me deixando irritada. Ajuda que o livro é mais infantil? Não, não ajuda. Existem momentos que eu fico tão irritada com a narrativa do Lemony – mais especificamente com os comentários dele – que eu preciso conscientemente me lembrar que o livro é infanto-juvenil para continuar a leitura.

E isso significa que eu fico um pouco mais desconectada da história do que eu gostaria…

No mais, a história do livro é bem interessante. As personagens são muito bem construídas e o tom do livro é diferente do esperado de um livro infanto-juvenil, afinal, ele trata prontamente sobre morte, ganância e tramas diabólicas – e que em certos momentos me lembraram os planos infalíveis do Cebolinha.

Agora é dar continuidade na leitura para poder finalmente assistir o seriado da Netflix.

4/5 estrelas.

 

A Louca dos Gatos

Sinopse: A terceira coletânea da cartunista Sarah Andersen traz novas tiras que retratam os desafios de ser um jovem adulto num mundo cada vez mais instável.
Os quadrinhos de Sarah Andersen são para todos que precisam lidar com níveis de ansiedade cada vez mais alarmantes, que sentem que o mundo está à beira do colapso e que se esforçam para sair ao menos um centimetrozinho da zona de conforto. Ou seja, é basicamente um manual de sobrevivência para os dias de hoje.
Além de suas tirinhas sagazes e encantadoras, a autora, que já reuniu mais de 2 milhões de fãs no Facebook, traz também ensaios ilustrados com dicas para os artistas aspirantes aprenderem a lidar com críticas, ignorarem os trolls na internet e não desistirem de mostrar seu trabalho.

Presente-pagamento que ganhei da minha amiga Nath por nossos mil e um empréstimos para compras das mais diversas que fazemos. Se já nos pagamos tudo? Não faço ideia, mas estamos aí, sempre pagando uma a outra com livros e outros mimos… Fogo vivo ❤

Sempre quis ler algum desses quadrinhos super fofos da tia Sarah, só que nunca realmente me atentei para comprar as coletâneas, então… é, eu sofro com essa “perda de memória” assim mesmo. Ao mesmo tempo que estou louca para comprar uma coisa, compro outra.

Foi uma leitura fantástica, super rápida e fluida. Me reconheci mais do que achei ser possível nos quadrinhos e com certeza quero o restante da coleção! O mais engraçado das tirinhas é a forma irreverente que a autora usa para tratar de assuntos sérios. Ai, ai… Adorei!

Essa é mais uma das autoras autobuy da minha vida… ❤

4/5 estrelas e favoritado.

Tempestade de Guerra

Sinopse: Mare Barrow aprendeu rápido que, para vencer, é preciso pagar um preço muito alto. Depois da traição de Cal, ela se esforça para proteger seu coração e continuar a lutar junto aos rebeldes pela liberdade de todos os vermelhos e sanguenovos de Norta. A jovem fará de tudo para derrubar o governo de uma vez por todas – começando pela coroa de Maven.
Mas nenhuma guerra pode ser vencida sem ajuda, e logo Mare se vê obrigada a se unir ao garoto que partiu seu coração para derrotar aquele que quase a destruiu. Cal tem aliados prateados poderosos que, somados à Guarda Escarlate, se tornam uma força imbatível. Por outro lado, Maven é guiado por uma obsessão profunda e fará qualquer coisa para ter Mare de volta, nem que tenha que passar por cima de tudo – e todos – no caminho.

Demorei uma semana para terminar de ler este livro e quase um mês para juntar a coragem para vir fazer essa resenha.

A saga d’A Rainha Vermelha era uma história para ser perfeita. A temática é interessante, a forma como os poderes são divididos são compreensíveis e aceitáveis como ideia, e as personagens foram bem construídas no primeiro livro. Só que do segundo livro em diante é só ladeira abaixo.

Em momento algum eu tentei dizer que gosto da protagonista desse livro. Muito pelo contrário, eu a odeio. Mare Barrow é a pior protagonista que eu já vi em muito tempo. E simplesmente não consigo acreditar nas escolhas – ou falta de escolhas, na verdade – que ela toma durante toda a narrativa.

O maior problema que Mare enfrenta não é a revolução que ela quer realizar em Norta, mas o fato de que seu grande amor, Cal – herdeiro da coroa, nascido e criado para reinar, mas que sabe que tem muita coisa errada para ser consertada quando ele se tornar rei -, não quer acabar com a monarquia da noite para o dia.

E isso não é nem a ponta do iceberg, minha gente!

Só que eu fiz uma promessa a mim mesma. Eu não vou fazer essa resenha apenas para acabar com esse livro, porque não acho justo que eu fale mal de uma saga que eu claramente não gostei – mas que li só pelo gigantesco plot-twist do primeiro livro – já que tem muitas pessoas que realmente gostam dessa saga.

A verdade é que Tempestade de Guerra é um livro enrolão. São 700 páginas de livro, mas que apenas umas 250-300 são de enredo. As 400-450 páginas restantes são de enrolação. Existem mais narradores neste livro, mas cada narrador passa 50% do seu capítulo remoendo as mesmas palavras, os mesmos problemas que não têm solução. É cada capítulo da Mare ser metade “temos que terminar essa guerra” e metade “Por que você não consegue entender o meu ponto de vista Cal?” sendo repetido over and over again.

Tinha necessidade? Honestamente, não. Mas se essas partes em que cada narrador entra no ciclo vicioso de se repetir infinitamente não existisse, a conclusão do livro não faria sentido.

Não que faça!

Veja bem… Cada personagem já foi previamente construído, tendo evoluído ao máximo durante a narrativa. E nas últimas 50 páginas esses mesmos personagens se desconstroem com uma rapidez que não faz o menor sentido – para os personagens, já que era óbvio que se cada um continuasse como estava, o final desejado não seria alcançado.

Então senti que estava lendo uma grande fanfic mal escrita e mal desenvolvida. O que me deixou muito triste.

Não é porque eu não gosto de um livro que eu quero que ele seja ruim. Não é isso de forma alguma. Eu acho que cada livro tem o seu público-alvo e realmente quero que os livros façam sucesso, porque assim mais pessoas passam a ler, a cultura aumenta e mais livros são traduzidos. Mais pessoas se decidem por se tornarem autores e criar mais conteúdo e assim sucessivamente.

Só que, para mim, o encerramento dessa saga não fez sentido, foi fraco para o tamanho da história criada.

2/5 estrelas.

A Escolha

Sinopse: Quando foi sorteada para participar da Seleção, America não imaginava que chegaria tão perto da coroa – nem do coração do príncipe Maxon. Com o fim do concurso cada vez mais próximo, e as ameaças rebeldes ao palácio ainda mais devastadoras, ela se dá conta de tudo o que está em risco e do quanto precisará lutar para alcançar o futuro que deseja. 
America já fez sua escolha, mas ainda há muitas outras em jogo… Aspen, seu antigo namorado, terá de encarar um futuro longe dela. E Maxon precisa ter certeza dos sentimentos da garota antes de tomar a grande decisão, ou acabará escolhendo outra concorrente.

Se no segundo livro me irritei com o triângulo amoroso, neste acabei me irritando com a indecisão cu doce das personagens.

Os sentimentos de Maxon por America e de America por Maxon são tão claros quanto cristal, mas eles se declaram? NÃAAAAAAO! Pra que juntar toda a coragem necessária pra falar que quer ficar com o príncipe, não é mesmo, America?

Honestamente, as partes mais difíceis do livro eram a America esperando o Maxon provar o amor dele. Ugh!

Pelo menos agora temos um acesso ainda maior às tretas políticas que estão rolando no castelo e no reino. Somos reapresentados à personagens fortes da revolução pacífica, descobrimos que o processo da Seleção não é imune aos jogos políticos e America se mostra uma pessoa mais sensata e corajosa do que o esperado.

A história tomou uma guinada para cima, com tudo para acabar a trilogia de forma perfeita, só que é claro que não era isso que aconteceria, não é mesmo? Não… Precisávamos de um plot twist dos mais mal feitos e de uma resolução ainda mais nas coxas.

Os conflitos – tanto românticos quanto políticos – se resolvem em poucas páginas, sem um aprofundamento em relação a nada e com um final bem ao estilo de fanfic, sem muitas explicações. O famoso “aceita que dói menos”.

Fiquei bem frustrada com o encerramento dessa distopia, não porque ela fosse a melhor das distopias que já li, mas porque ela tinha muita promessa e foi mal executada. Isso me deixa bem triste.

4/5 estrelas.

A Elite

Sinopse: A Seleção começou com 35 garotas. Agora restam apenas seis, e a competição para ganhar o coração do príncipe Maxon está acirrada como nunca. Quanto mais America se aproxima da coroa, mais se sente confusa. Os momentos que passa com Maxon parecem um conto de fadas. Mas sempre que vê seu ex-namorado Aspen no palácio, trabalhando como guarda e se esforçando para protegê-la, ela sente que é nele que está o seu conforto. America precisa de mais tempo. Mas, enquanto ela está às voltas com o seu futuro, perdida em sua indecisão, o resto da Elite sabe exatamente o que quer e ela está prestes a perder sua chance de escolher.

America não é mais aquela mesma garota que foi selecionada no primeiro livro. Ela não teve nenhuma mudança de personalidade e nem foi corrompida pelo Reality Show, não é neste sentido que ela mudou. Ela só não é mais aquela garota indiferente ao jogo que só quer boa comida, ganhar dinheiro fácil para a família e sair ilesa da competição.

Agora ela se importa.

Maxon se tornou mais do que um amigo para ela, o que a deixa 90% do tempo confusa e irritada, além de ter todo o trabalho para lidar com o fato de Aspen ainda ser o soldado que foi designado para protegê-la.

E como o triângulo amoroso me irritou nesse livro.

Não somente porque Maxon é claramente o par romântico dela, mas porque é neste livro que a autora começa a destruir o caráter dele. Numa fútil tentativa de voltar o Aspen para o páreo… Ugh

A parte mais interessante da história continua sendo descobrir mais sobre o que aconteceu com o mundo de A Seleção. E mesmo a America sendo tapada feito uma porta, ela consegue vislumbrar muitos pontos que antes não fazia ideia.

Os ataques à Capital se tornam mais frequentes e a história deveria começa a se tornar um pouco mais obscura, deixando os holofotes da Seleção para mostrar como é o mundo para outras pessoas.

Devorei o livro em tão pouco tempo que acabei comprando o próximo livro… -q

3/5 estrelas.

A Caçadora de Dragões

Sinopse: Primeiro volume de uma trilogia fantástica, em que dragões e humanos estão em guerra — e cabe a uma garota matar todos eles.
Quando era criança, Asha, a filha do rei de Firgaard, era atormentada por sucessivos pesadelos. Para ajudá-la, a única solução que sua mãe encontrou foi lhe contar histórias antigas, que muitos temiam ser capazes de atrair dragões, os maiores inimigos do reino. Envolvida pelos contos, a pequena Asha acabou despertando Kozu, o mais feroz de todos os dragões, que queimou a cidade e matou milhares de pessoas — um peso que a garota ainda carrega nas costas. Agora, aos dezessete anos, ela se tornou uma caçadora de dragões temida por todos. Quando recebe de seu pai a missão de matar Kozu, Asha vê uma oportunidade de se redimir frente a seu povo. Mas a garota não vai conseguir concluir a tarefa sem antes descobrir a verdade sobre si mesma — e perceber que mesmo as pessoas destinadas à maldade podem mudar o próprio destino.

Livro que veio na malinha de março do Turista Literário, mas que só chegou no comecinho de maio por conta da greve dos correios.

Devo dizer que este livro me agradou muito, até o momento em que a autora socou o romance na história.

Asha, a caçadora de dragões conhecida como Iskari – o nome da deusa da morte -, é a princesa do reino de Firgaard e também é a causa do maior infortúnio que recaiu sobre a cidade desde a invasão dos skral. Seu pai, o rei-dragão, exige que ela mate os dragões como forma de redenção pela sua desgraça de ter provocado o maior dos dragões que destruiu metade da cidade.

O que o rei-dragão não sabe é que para conseguir encontrar os dragões Asha quebra mais uma de suas leis. Ela conta as histórias antigas. Os dragões são seres que adoram histórias como quem adora ouro e joias, sendo atraídos pela garota. O problema é que as histórias são carregadas de magia e fortalecem os dragões.

plot do livro se dá na necessidade de Asha matar o primeiro dragão, aquele mesmo que destruiu a sua cidade. A morte de Kozu solucionaria muitos problemas para Asha, inclusive o de se casar com o rapaz que a salvou da morte oito anos antes.

No meio tempo, somos apresentados a um dos escravos do noivo de Asha e é nítido desde o primeiro instante em que ele aparece que eles estão destinados a ficar juntos, mas a Asha é completamente lesada em relação aos avanços do escravo – o que de certa forma é bom porque ele é um escravo.

Depois da apresentação do escravo há muitas situações que achei meio forçadas, apenas para manter o casal em ponto central da trama. O romance deles é um tanto forçado em cima do leitor e em muitos momentos chega a ser cansativo. Fiquei sim com vontade de pular algumas partes do livro quando ele ficava muito meloso. q

Por mais que a narrativa seja interessante e envolvente, muitos momentos são corridos e mal explicados, principalmente a parte da revolta dos escravos (skral) e dos nativos contra o reinado dos draskor, e o envolvimento meio que central do escravo do noivo da Asha.

Há muitas pontas soltas que eu realmente espero que se amarrem nos próximos livros, mas devo dizer que o final deste livro, mesmo deixando em aberto um futuro para a história, é relativamente bem amarrado. Creio que se não tivesse gostado tanto dos dragões não seria uma série prioritária na minha vida…

4/5 estrelas.