O Diário de Anne Frank

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Sinopse: Todos conhecem a história profundamente dramática da jovem Anne Frank. Publicado pela primeira vez em 1947, por iniciativa de seu pai, o diário veio revelar ao mundo o que fora, durante dois longos anos, o dia-a-dia de uma adolescente condenada a uma voluntária auto-reclusão, para tentar escapar à sorte dos judeus que os alemães haviam começado a deportar para supostos “campos de trabalho”. Tentativa sem final feliz. Em Agosto de 1944, todos aqueles que estavam escondidos no pequeno anexo secreto onde a jovem habitava foram presos. Após uma breve passagem por Westerbork e Auschwitz, Anne Frank acaba então por ir parar a Bergen-Belsen, onde vem a morrer em Março de 1945, a escassos dois meses do final da guerra na Europa.

Traduzido em 67 línguas, este documento excepcional, de que a Livros do Brasil se orgulha de lançar agora a edição definitiva, vendeu já mais de 31 milhões de exemplares e é, seguramente, um dos livros mais lidos, discutidos e amados de toda a história do mundo. Importa acrescentar que esta edição definitiva contém toda uma série de passos que haviam sido omitidos por decisão do pai, que não tinha querido que alguns comentários de Anne Frank relativos à mãe fossem divulgados. O resultado final é um retrato extraordinário de uma adolescente em busca da sua identidade, durante um dos mais trágicos períodos jamais vividos pela humanidade.

Devo dizer que no início desse livro eu o odiei com todas as minhas forças.

Inicialmente não entendi exatamente o que no livro despertou tamanha fúria, mas, após alguns dias de pausa na leitura e bastante reflexão, cheguei a uma conclusão que nem é tão complexa assim, o início do diário da Anne lembrou-me das minhas primeiras histórias.

Ela tinha 12 anos quando foi obrigada a viver com mais sete pessoas em um espaço reduzido e sem poder sair e, assim, começou a escrever sobre seu dia a dia. Sendo uma criança, ela escreveu sobre seus problemas de criança, sua forma infantil de ver e lidar com o mundo.

E ver todo o começo/meio do livro sendo tão infantil, contraditório e bobo apenas me lembrou como o que eu escrevia quando comecei a me embrenhar por esse caminho era infantil, contraditório e bobo.

Não que eu odeie o que eu escrevi, mas tenho vergonha. Muita vergonha. Agradeço todos os dias por nunca ter postado minha primeira fanfic.

De qualquer forma fiquei muito impressionada com o quanto Anne se desenvolve, ao final do livro ela não se parece com uma garota de 14 anos normal, muito menos com uma garota judia que precisou se esconder durante a Segunda Guerra Mundial para não morrer.

Fiquei sem palavras – e muito tocada – por ver a visão de mundo e sobre Deus que ela possui, uma coisa nitidamente dela e não imposta pela sua família, em que anseia por um mundo onde as pessoas percebam o bem um no outro e que possam se respeitar mutuamente, o cuidado com a natureza…

Devo dizer que, desconsiderando o primeiro e metade do segundo ano em que ela passa no cativeiro, o livro é bom. Talvez muito bom.

3/5 estrelas.

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